sexta-feira, 22 de junho de 2012

Mulheres Perfeitas (Crítica)


Perfeitamente Manipuladas 

Por Louise Duarte

Antes de Desperate Housewives fazer sucesso, outro grupo de mulheres moradoras de subúrbios americanos já faziam sucesso. Mulheres Perfeitas (filme de 2004, remake do filme clássico de 1975 de Bryan Forbes baseado no livro de Ira Levin) conta a história de Joanna Eberhart (Nicole Kidman) que após sofrer um colapso nervoso ao ser demitida da emissora de TV onde trabalhava, se muda com o marido Walter Kresby (Matthew Broderick)  para um subúrbio em Connecticut chamado Stepfoward e logo de cara se depara como o lugar e as pessoas são perfeitas. Perfeitas demais para o seu gosto. 



Joanna logo faz amizade com Bobby (Bette Midler) e Roger (Roger Bannister, que por uma coincidência ou não foi do elenco de Desperate Housewives) e o trio logo se torna cúmplice das coisas bizarras que acontecem na cidade visto que são os únicos que estão longe de serem perfeitos em Stefoward. 

Joanna começa a perceber como as mulheres da cidade são estranhas e se comportam como se vivessem na década de 50, fazendo de tudo para agradar aos maridos. Em uma pesquisa na internet, ela acaba descobrindo que assim como elas várias delas tiveram carreiras brilhantes antes de se mudarem para a cidade e se tornarem mulheres perfeitas, fazendo tudo o que o marido pedia. 

Ela conhece então Claire Wellington (Glenn Close) que é a primeira dama da cidade e ela que comanda as outras mulheres a serem perfeitas. Ela é casada com Mike Wellington (Christopher Walken), um brilhante cientista que é responsável pelas reuniões do clube para homens de Stefoward. Walter logo que é aprovado como membro descobre sobre o que os homens conversam nessas reuniões e como eles também controlam suas mulheres a serem perfeitas e fazerem tudo para agradá-los. 

O que Joanna não sabe é que Mike, desenvolveu um projeto que através de tecnologia com nanos adicionou micro chips nas cabeças das mulheres de Stepfoward, transformando-as em praticamente robôs (com direito a controle remeto e tudo!) Nem Bobby ou Roger conseguem escapar da lavagem cerebral promovida por eles, e Joanna é a próxima vítima se ela não tomar cuidado. Mas isso depende de Walter também. Ele vai precisar provar que ama mesmo a esposa e vai ter que escolher se a ama de verdade ou prefere ter uma cópia perfeita de sua esposa neurótica. 

Com direção de Frank Oz e roteiro de Paul Rudnick, o filme é uma divertida paródia aos tempos modernos em que mulheres tem que se equilibrar para trabalhar, cuidar dos filhos, do marido, ter tempo para os amigos. E muitas vezes isso acaba prejudicando seu casamento como é mostrado no filme. 

Apesar da pouca química entre Nicole Kidman e Matthew Broderick no longa, acho que é proposital visto que os homens de Stepfoward se sentem inferiores as mulheres e por isso mesmo querem manipulá-las de qualquer jeito. 

O trio formado por Nicole Kidman, Bette Midler e Roger Banister é um dos destaques da trama visto que eles são a princípio os únicos da cidade que ainda não aderiram ao estilo de vida da cidade e começam a investigar o que tem de errado com as mulheres da cidade. Glenn Close também está ótima, em outro papel bizarro, quase psicótico embora não no mesmo nível de Atração Fatal, óbvio. 

A abertura do filme é um dos atrativos do filme, alias o filme é tão ridículo (no bom sentido) que chega a ser engraçado. Os cuidados que a produção teve com o figurino, maquiagem e direção de arte só complementam um dos melhores filmes estrelados por Nicole Kidman. 

Trailer:

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