terça-feira, 10 de abril de 2012

Titanic (Crítica)

O Retorno do Navio dos Sonhos
Por Louise Duarte

Há exatos 100 anos, os passageiros do R.M.S Titanic embarcavam no navio que ficou conhecido como o navio dos sonhos, mas que o mesmo acabou virando um pesadelo quando em 14 de abril de 1912 ele colidiu contra um iceberg virando simbolo de uma das maiores catástrofes existidas. Há 15 anos atrás, entrava em cartaz mais uma adaptação cinematográfica do desastre feita pelo diretor James Cameron e que foi responsável por deslanchar as carreiras de Kate Winslet e Leonardo Dicaprio, assim como da cantora Celine Dion que canta a música tema do fime "My Heart Will Go On". 



Somos convidados a embarcar no navio dos sonhos novamente mas dessa vez com um atrativo a mais. Titanic foi convertido no formato em 3D que vira um show a parte quando assistido nas salas IMAX do UCI onde aconteceu a cabine de imprensa do filme.

O filme de James Cameron levou 11 estatuetas do Oscar de 1997 incluindo melhor filme, diretor, roteiro adaptado, trilha sonora, canção, figurino, som, direção de arte, fotografia, edição, efeitos especiais e efeitos sonoros.  O filme narra o trágico romance entre Rose DeWitt Bukater (Kate Winslet) e Jack Dawson (Leonardo Dicaprio) a bordo do transatlântico. Se sentindo sufocada por um noivado arranjado com o magnata Cal Hockley (Billy Zane) para salvar sua família da ruína, Rose tenta o suicídio mas é impedida por Jack que a salva antes que ela tente pular em alto mar. Os dois iniciam uma forte amizade que acaba virando algo mais, despertando a ira e os ciúmes do noivo de Rose e pelo fato de Jack ser pobre. 

Reviver essa emoção e essa trágica história de amor mesmo depois de 15 anos ainda tem o mesmo impacto que em 1997. As reações para as cenas engraçadas, românticas e dramáticas ainda são as mesmas. A torcida para que Rose e Jack fiquem juntos e vençam a barreira social que os impede de ficarem juntos por causa da família dela ainda permanece a mesma. O amor deles é maior. Maior até mesmo que do próprio Titanic. Eles morreriam um pelo outro e infelizmente foi o que aconteceu. Também esperamos por um final feliz. Um final onde o navio não naufrague, onde o Iceberg é visto a tempo, onde eles são resgatados a tempo, mas que infelizmente também não acontece. Final feliz para os passageiros do Titanic, só em sonho mesmo... 


Até hoje o desastre é mencionado na cultura popular e sabemos que não houve apenas uma causa, mas vários erros humanos que se acumularam – desvio de navegação, falhas de comunicação, falta de procedimentos de emergência e botes salva-vidas, privilégios da alta classe, temperatura muito baixa, uma noite sem luar, a força da física, descrença e negação, tudo isso contribuiu para a morte de 1.500 homens, mulheres e crianças.


E tantos avanços tecnológicos, incluindo os que realizaram as duas versões do filme entre outras inventadas desde então nos faz pensar. James Cameron diz que é aí que está o permanente atrativo. “O Titanic foi a primeira grande lição de perigo do século 20”, lembra. “A tecnologia esteve sempre gerando milagres por umas duas décadas – o automóvel, gravação de sons, a comunicação por rádio, o avião, filmes... Tudo explodia de possibilidades. Tudo ia ser lindo e maravilhoso em uma onda infinita de progresso. E então, bum! 1.500 pessoas morrem no que tinha sido anunciado como o melhor, mais seguro e mais luxuoso navio já construído. Nosso mítico domínio da natureza foi completamente refutado, e para sempre destruído.”

James Cameron falou recentemente sobre a coversão do filme que dá ao telespectador a sensação de estar dentro do navio. "O efeito 3D realça todos os momentos mais eletrizantes de TITANIC, bem como seus momentos mais emocionantes. Mais do que nunca, as pessoas vão ter a sensação de estar dentro da cena, vivendo todo o drama sofrido por Jack e Rose. O efeito 3D leva a experiência a outro nível.”

Titanic retorna aos cinemas na próxima sexta feira dia 14 de abril, coincidindo com a data do naufrágio em 1912, completando o centenário do desastre.

Assista ao trailer:

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